sexta-feira, 26 de março de 2010

Soneto de Inês

Dos olhos corre a água do Mondego

os cabelos parecem os choupais

Inês! Inês! Rainha sem sossego

dum rei que por amor não pode mais.

Amor imenso que também é cego

amor que torna os homens imortais.

Inês! Inês! Distância a que não chego

morta tão cedo por viver demais.

Os teus gestos são verdes

os teus braços

são gaivotas poisadas no regaço

dum mar azul turquesa intemporal.

As andorinhas seguem os teus passos

e tu morrendo com os olhos baços

Inês! Inês! Inês de Portugal.


Poema de Ary dos Santos



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